Place Of Death- Edward vs Akihito

Há certo tempo atrás, se encontrava diversos cartazes espalhados ao redor de um local, conhecido como "Meredy Forest". O dono de uma taberna era fascinado por duelo entre magos, e aproveitando daquele terreno oculto que tinha posse, realizava periodicamente competições com prêmios provenientes do enorme lucro que sua taberna trazia, sendo ponto de encontro de magos, um local onde não existia a rivalidade entre os magos de guildas oficiais e negras, mas sim apenas aquela sensação prazerosa de uma bebida descendo pela garganta. Ter um tempo de tranquilidade e diversão era o que os magos que iam ao local desejavam, e conseguiam.

Edward conheceu a taberna por causa de um amigo distante seu, que acabou o chamando para conhecer o local. O jovem mago acabou gostando do lugar, mas nunca foi de fazer visitas frequentemente - no entanto, aquela arena o interessava de forma exagerada. Sua forma de relaxar era assim, testar suas próprias habilidades para passar o tempo, e tentar se superar cada vez mais. Logo depois  que o torneio foi anunciado, ele já havia garantido sua vaga. Nunca mais apareceu à taberna depois disso, exceto hoje, dia em que aquele tão esperado acontecimento seria realizado.

É claro que não resistiu à tentação de dar uma passada no Purging Moon, a taberna em si. O seu combate ocorreria apenas de tarde, então ao nascer do sol Edward já podia ser visto diante a imensa porta da taberna. Começou bebendo saquê em seu próprio masu, onde seu sobrenome era estampado de forma bem visível, se destacando de vermelho escuro naquele preto. Quando se enturmando, passou de seu querido saquê para leves doses de rum. O teor alcoólico do rum era equivalente à uma quantia maior que o dobro do teor do saquê, o que fez com que Edward ficasse bêbado de uma forma ainda mais rápida. Foi apenas quando o relógio anunciava ser meio-dia que ele resolveu parar, pois faltava uma hora para sua batalha, e não estava em suas melhores condições. Fazia muito tempo que o jovem não bebia de forma tão abundante, então estava desacostumado com aquela sensação.

Foi com certo sacrifício que Edward conseguiu se locomover até a arena, através de uma pequena canoa que ficava na encosta do riacho. O barco lhe dava pequeno enjôo, o que não tornou aquela viagem que mal durou um minuto muito agradável. Chegando lá, já conseguia enxergar seu oponente ao lado oposto daquela arena que assumia formato circular. Mesmo bêbado, Edward conseguiu se concentrar para analisar o local: a arena era formada por uma madeira antiga, a julgar pelo ranger causado conforme seus passos, estacas que determinavam os limites da arena, se ligando umas as outras por cordas, enquanto ficavam encaixadas ao solo da arena - parecia ser firme o suficiente para aguentar certas pancadas, o que poderia ser usado ao seu favor. Além disso, o riacho que cercava a plataforma também podia ser contada como arena, mesmo que não chamasse a atenção do mago.

Com tudo isto em mente, tapeou seu lado direito da cintura, conferindo se sua katana se encontrava ali. Ainda dentro da bainha, não deixou de agarrar seu punhal com firmeza, pronto para sacá-la em qualquer momento. Seu olhar de determinado encarava de forma fixa seu oponente, e seu desejo de vitória era enorme. Abria as pernas, as deixando longe uma da outra, e então flexionando seus joelhos. A mão esquerda que ainda estava livre ficava esticada para frente, com a palma apontada para o peito do oponente - uma maneira que permitisse o rápido uso de magia, preparado para que pudesse acontecer. Mesmo com aquela forte aura que podia ser percebida emanando do mago, ficava bem aparente que não estava em seu melhor estado: sua postura estava meio falha, e de forma rápida se distraia, prestando atenção em coisas que não eram de seu interesse, como a forma que os pássaros voavam naquela tarde refrescante.

A batalha estava prestes a começar. [...]

E quando o silêncio predominava aquela arena, Akihito iniciava o primeiro movimento. Edward podia deduzir apenas ao olhar que a velocidade de seu oponente era superior a sua, mas não o suficiente para que seus movimentos não pudessem ser vistos: Akihito sacava uma pistola, apontando para o mago - como sinal de desinteresse, não tinha percebido esta pistola quando analisou seu oponente. Mas por coincidência, não precisou mexer um músculo para que contra-atacasse de uma maneira rápida. Apenas esperou que o som do disparo chegasse aos seus ouvidos, para então começar sua jogada.

Ativando sua magia, a palma que estava apontada para Akihito emanava poder mágico proveniente de sua Gravity Magic, gerando assim uma força gravitacional que tinha influência horizontal. Com isto, a bala seria refletida numa velocidade equivalente à dez metros por segundo assim que chegasse na sua área de alcance, voltando para o atacante na direção do ombro/cabeça, levando em consideração que Edward era sete centímetros mais alto que o atirador, e a bala estava mirada em seu ombro.

Numa pausa que mal podia ser percebida Edward aproveitava sua posição, estando com as pernas flexionadas, para pegar um rápido impulso e avançar em linha reta contra o adversário. A palma de sua mão esquerda ainda estava apontada para frente, pois agora sabia que uma das formas de seu adversário o atacar era por disparos, então preocupava-se em prevenir-se. A sua mão direita já estava com a katana em mãos, sacando-a enquanto corria numa velocidade de dez metros por segundo. Se aproximaria cerca de oitenta centímetros, desferindo uma rápida tentativa de corte à garganta de Akihito, num golpe rápido e determinado, se movimentando ainda à dez metros por segundo.

Caso Akihito ainda estivesse próximo de Edward - numa área de quinze metros por segundo - uma outra magia seria ativada, desta vez sendo a "Proiettili a terra". O objetivo principal era desarmar o oponente, levando tudo que ele portasse contra o solo, fazendo com que a gravidade infligida contra eles fossem aumentadas ao extremo. O efeito secundário era uma redução de três metros por segundo nos movimentos do inimigo, e Edward manipulava sua magia de forma que não o afetasse. Ao final de tudo, Edward manteria uma distância de dez metros do oponente.

- Desculpe, mas não sou um homem de muitas palavras. - o tom de bêbado poderia ser percebido por qualquer um.